segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!!!


Vem chegando o Ano Novo e existe aquela expectativa de que seja sempre e sempre um ano ainda melhor que o anterior, com muita prosperidade, paz, saúde, amor e harmonia.  Esse é o meu desejo a todos!

Em uma retrospectiva rápida, esse ano foi repleto de batalhas e vitórias. Gostaria então de agradecer a todos aqueles que visitaram esse blog, fizeram seus comentários ou apenas leram, e me apoiaram neste percurso, muito obrigada! Finalizo esse ano formada como Bacharel em Educação Física, próximo ano promete boas novas!

Caro leitor, aproveite o próximo ano para praticar hábitos saudáveis, atividades físicas e se alimentar bem, afinal, saúde é o essencial.
 
Lembrem-se
- de utilizar protetor solar mesmo em dias nublados
- se reidratar freqüentemente
- ingira alimentos mais leves
- realize alongamentos
-se você ainda não realiza atividade física e deseja começar, procure ajuda de um profissional de Educação Física e faça Avaliação Física.

Um grande abraço a todos, que 2011 seja repleto de alegrias!!!

sábado, 27 de novembro de 2010

Motivação em Idosos Praticantes de Dança Sênior - Resumo

O post de hoje é o resumo do meu Trabalho de Conclusão de Curso aceito e apresentado em forma de Poster no Congresso Municipal de Atividade Física e Saúde 2010 realizado pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Smel) da cidade de Curitiba.


Apresentação de Poster - Congresso Smel 2010

A população de idosos vem crescendo nos últimos anos no Brasil, gerando em nosso país um novo desafio: a conquista de uma estrutura social que proporcione condições para que esta população tenha uma boa qualidade de vida. Para o Educador Físico este fato tem gerado uma grande motivação para realização de novas pesquisas e práticas, visto que um dos fatores responsáveis pela boa qualidade de vida é a prática regular de atividade física. A Dança Sênior é uma modalidade de dança criada para a população idosa, no entanto, tão importante quanto à adoção dessa prática é sua manutenção, ou seja, motivar os idosos a dar continuidade. O Estado de Fluxo é conhecido como sensação ótima de satisfação e bem estar e pode ter influência na manutenção da prática de dança. O objetivo desta pesquisa foi verificar se é possível chegar ao estado de fluxo através da prática de Dança Sênior. Adotamos como procedimentos metodológicos a abordagem qualitativa e realizamos três meses de observações do grupo pesquisado. Ao final deste período foi aplicado um questionário validado, desenvolvido pela autora, contendo 28 questões subdivididas em quatro partes: Identificação, Motivação, Estado de Fluxo e “A Dança Sênior para mim é...” em que as idosas deveriam completar a frase. Para maior aprofundamento do subitem “Estado de Fluxo”, das oito dimensões, optou-se por estudar as três principais: equilíbrio entre desafio e habilidade, metas bem estabelecidas e retorno, por último, concentração total na atividade a ser desenvolvida. A amostra foi composta por 16 idosas com idade entre 59 e 81 anos, praticantes de Dança Sênior. As respostas obtidas foram analisadas e categorizadas utilizando o método de Análise de Conteúdo. Nossos estudos indicaram como principais resultados que o maior fator motivacional na prática da Dança Sênior é o Bem Estar Psico/Emocional, compondo 87,5% da amostragem. Em relação ao Estado de Fluxo na dimensão equilíbrio entre desafio e habilidade, 100% das idosas percebem desafios na modalidade, principalmente na memorização de novas danças (81,25%), 43,75% sempre superam os desafios quando estes aparecem. No aspecto metas bem estabelecidas e retorno, 56,25% praticam com objetivos de melhorar a saúde, 87,5% sentem alcançar seus objetivos com a dança. Quanto ao envolvimento na atividade, 85% relatam se concentrar apenas na atividade. No último subitem foi necessário criação de seis categorias sendo a mais freqüente “Alegria e Bem Estar” citada em 62,5% dos questionários. A partir dos dados obtidos pode-se concluir que a motivação favorece o aparecimento do estado de fluxo, ao mesmo tempo em que o fluxo favorece na motivação. Percebemos também que é possível chegar a este estado através da prática de Dança Sênior, portanto, pode-se esperar que se mantenham motivadas pela sensação ótima de satisfação que o fluxo proporciona. O estudo evidenciou que a motivação é um fator determinante para a continuidade da prática de atividade física, colaborando diretamente para a melhoria da qualidade de vida dos idosos.

Anais do Congresso disponível em
http://www.imap.curitiba.org.br/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=163&Itemid=90

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Academias ao Ar Livre

As Academias ao Ar Livre ainda são relativamente recentes em Curitiba, mas são inegáveis os benefícios que estão proporcionando aos moradores do entorno. Os equipamentos são relativamente simples de serem utilizados pela população, e estão situados em locais de fácil acesso, como parques praças e condomínios.
 
De acordo com a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Curitiba (SMEL) “A Academia ao Ar Livre visa a melhoraria da condição física, qualidade de vida e a saúde das pessoas.” Os equipamentos não possuem pesos, utilizam apenas o peso corporal para a realização dos exercícios e alongamentos, ocasionando benefícios principalmente para pessoas da terceira idade, no entanto pode ser utilizado por qualquer pessoa com idade superior a 12 anos.
 
A academia possui cerca de 15 equipamentos e as indicações de uso estão expostas no próprio local. De acordo com a TCM Sport, depois da implantação das academias ao ar livre o uso de medicamentos e consultas médicas reduziu cerca de 30% na população de idosos. Além disso, as academias também funcionam como meio de resgate dos lugares públicos, pois com a implantação dos equipamentos, o local se torna mais interessante e atrativo para a população local. Porém existe o problema de segurança não apenas desses locais, mas nas praças como um todo, que dificulta a adesão de atividade física nesses locais.
 
Acredito que essas academias incentivem as pessoas a ter uma vida mais ativa e saudável, no entanto, é interessante a presença de um profissional da área de Educação Física para auxiliar nos momentos de maior movimento, principalmente manhã e tarde, diminuindo o risco de lesões e mau uso dos equipamentos. Segundo a prefeitura de Curitiba existe o projeto de implantação da academia ao ar livre em todos os Bairros de Curitiba, proporcionando a população mais opções para pratica de atividade física. Experimente!



Referências

http://www.academiaterceiraidade.com.br/ Acesso em 01/11/2010

http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/academia-ao-ar-livre-smel-secretaria-municipal-do-esporte-e-lazer/144  Acesso em 01/11/2010

http://www.tcmsport.com.br/ Acesso em 01/11/2010

sábado, 16 de outubro de 2010

Evitando as quedas

De acordo com o que diz a literatura, e com o que tenho observado no decorrer da minha experiência, a queda é a principal razão de lesão na pessoa idosa. O mais impressionante é que a maioria das quedas acontece no próprio ambiente doméstico.

Um dos meios de evitar quedas é através de adaptações na casa, substituir pisos por antiderrapantes, usar tapetes com antiderrapante, evitar tapetes nos corredores e no banheiro, iluminar bem os ambientes, utilizar de corrimão ao descer e subir escadas, evitar móveis pontiagudos principalmente em locais de passagem, uma cadeira ao lado da cama pode dar auxílio ao levantar e a instalação de barras de apoio no banheiro, são algumas adaptações que podem ser feitas  e que ajudarão muito o idoso.

A queda em geral, vem em decorrência da perda de equilíbrio postural próprio do envelhecimento ou de debilitações ocasionadas por patologias osteoarticulares e musculares. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2008) a queda pode ser considerada como um sinalizador da perda de capacidade funcional do idoso.

Para avaliação do equilíbrio postural poderá ser utilizados o teste de Berg (http://pequi.incubadora.fapesp.br/portal/testes/berg), e o teste de Tinetti (http://pequi.incubadora.fapesp.br/portal/testes/tinetti) que além de avaliar o equilíbrio também avalia a mobilidade do idoso.

Fabrício et al (2004) afirmam que qualquer pessoa está sujeito à queda, no entanto é a pessoa idosa quem mais sofre, muitas vezes levando a incapacidade e em conseqüência disso, outras enfermidades e morte.

Outro meio de evitar a perda de equilíbrio postural é através da atividade física regular, estudos vem demonstrando que o idoso que pratica algum tipo de exercício físico tem melhor capacidade funcional, em conseqüência, melhor qualidade de vida e saúde. Existe uma gama muito variada que permite melhorar sua capacidade de equilíbrio, portanto, não perca tempo seja você idoso ou não, procure a atividade que mais lhe agrada e pratique!

Referências

FABRÍCIO et al; Causas e Conseqüências de Quedas de Idosos atendidos em Hospital Publico. Rev. Saúde Pública vol.38 no.1 São Paulo Feb. 2004 disponível em http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0034-89102004000100013&script=sci_arttext&tlng=e acesso em 15/10/2010

Portal Equilíbrio e Quedas em Idosos http://pequi.iv.org.br/portal

Quedas em Idosos - Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2008 Disponível em http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/082.pdf acesso em 15/10/2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Musculação para idosos

A atividade de musculação é muito conhecida e praticada entre pessoas de todas as idades. É realizada por motivos como estética e saúde, existindo uma grande variedade de treinos para o alcance dos objetivos do aluno. Há relativamente pouco tempo, estudos vêm sendo realizados para identificar os benefícios da musculação para a pessoa idosa.

Amorim e Pedro (2008) realizaram um estudo que comparou a força muscular e o equilíbrio entre idosos praticantes e não praticantes de musculação. Os resultados mostraram que tanto em força de membros inferiores quanto superiores, circunferências de braços e pernas, e nos testes de equilíbrio (Escala de Berg e Escala de Tinetti), os idosos que praticavam musculação obtiveram resultados melhores. De acordo com esses mesmos autores, “A perda de massa e força muscular e equilíbrio são características do envelhecimento que podem levar um individuo a dependência funcional”.

Para Zawadski e Vagetti (2007), os principais motivos que levam as idosas a praticar musculação é a prevenção de doenças, manutenção da saúde e indicação médica. No entanto, para dar continuidade é necessário que cada indivíduo encontre internamente o que o motiva e atribua seus valores à atividade. A musculação não atua melhorando apenas a musculatura esquelética, ela atua de modo amplo atingindo o organismo como um todo, melhorando aspectos físicos, psíquicos e afetivos. Pode retardar os efeitos do envelhecimento, osteopenia, osteoporose, evita atrofia muscular, ajuda na perda de gordura, aumenta o metabolismo, entre outras vantagens.

Recomendações:
- Antes de qualquer prática de exercício o idoso deve realizar uma avaliação física e ser liberado por um médico.
- O treino deve ser feito em local arejado, com supervisão de um Professor de Educação Física qualificado que possa dar assistência sempre que necessário.
- As máquinas são aconselháveis para idosos com problemas de equilíbrio ou iniciantes. Aos poucos essas máquinas podem ser substituídas por equipamentos livres como halteres, caneleiras e barras.
- Juntamente com os exercícios de musculação realize exercícios que estimulem a coordenação e também o equilíbrio. Exercícios que simulem atividades funcionais como sentar e levantar da cadeira (agachamento), subir e descer de escadas (step), levantar objetos na altura dos ombros (levantamento frontal), entre outros, influenciam diretamente nas atividades da vida diária dos idosos.



Referências

PEDRO, E. M.; AMORIM, D. B. Análise comparativa da massa e força muscular e do equilíbrio entre indivíduos idosos praticantes e não praticantes de musculação. Revista Conexões, Campinas, v. 6, n. especial, 2008 – ISSN: 1516-4381

FERREIRA, J.; PORTES JR. M.; NUNES, P.R. S. Musculação na terceira idade: em busca da autonomia nas atividades diárias.

ZAWADSKI, A. B. B.; VAGETTI, G. C. Motivos que levam idosas a freqüentarem as salas de musculação. Movimento e percepção, V.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Falando sobre Alzheimer

Comparação entre cérebro com Alzheimer e cérebro normal
Atualmente estamos vivendo a realidade de um grande aumento dos idosos do Brasil e do mundo. Juntamente com esse envelhecimento populacional vem aumentando também os casos de Alzheimer. O Mal de Alzheimer como também é chamado, é um tipo de demência progressiva e degenerativa que atinge a memória, funções cognitivas e prejudica funções sociais e ocupacionais do indivíduo. De acordo com Yassuda (2009) “A prevalência da demência aumenta progressivamente com o envelhecimento, sendo a idade o maior fator de risco para a doença”. Existem três fases distintas, a primeira delas é leve, progredindo para moderada e grave. Para confirmar o diagnóstico de Alzheimer é recomendado exame clínico, laboratorial e imagem cerebral.

Não existe ainda um método que cure o Alzheimer, no entanto, são utilizados alguns fármacos para o tratamento. Alguns estudos relatam melhora em pacientes que utilizam doses altas de vitamina E e estatinas (YASSUDA, 2009). As técnicas multidisciplinares também produzem bom resultado, recomenda-se então treinamento cognitivo, orientação nutricional, orientações psicológicas para cuidadores e familiares assim como prática regular de exercícios físicos (BOTTINO el al, 2002),  
O Alzheimer causa esquecimentos que por vezes vem seguida de quadro depressivo ou de ansiedade. Pessoas depressivas apresentam menos vontade de se locomover e realizar suas atividades de vida diária. Stella et al (2002) aponta que a falta de mobilidade pode acarretar problemas pulmonares de acúmulo de secreções, descontrole da pressão arterial, comprometimento da circulação periférica entre outros distúrbios articulares devido a falta de atividade física.

Com base neste texto e nos autores utilizados como fonte teórica fica bem estabelecido que ainda não existe uma cura para o Mal de Alzheimer, no entanto, existem formas de minimizar os desconfortos dos idosos e familiares, assim como meios de melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Para tanto se faz necessário paciência e compreensão daqueles que estão a volta do idoso acometido pelo Alzheimer, além da prática regular de alguma atividade física que venha a colaborar com as atividades da vida diária e a disponibilidade de uma equipe multidisciplinar para fazer o acompanhamento da saúde global.

Referências
BOTTINO, Cássio M.C et al.  REABILITAÇÃO COGNITIVA EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER - Relato de trabalho em equipe multidisciplinar. Arq Neuropsiquiatr 2002;60(1):70-79

STELLA, F.; GOBBI, S.; CORAZZA, D. I.; COSTA, J. L. R. Depressão no Idoso: Diagnóstico, Tratamento e Benefícios da Atividade Física. Rio Claro,Ago/Dez 2002, Vol.8 n.3, pp. 91-98

YASSUDA, M. S. ; APRAHAMIAN, Y.; MATINELLI, J. E. Doença de Alzheimer: revisão da epidemiologia e diagnóstico Rev Bras Clin Med, 2009;7:27-35

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Envelhecimento, senescência e senilidade


Desde que nascemos vivemos o processo natural do envelhecimento. Isto ocorre de maneira gradual e progressiva e com o passar do tempo diminui a reserva funcional indivíduo, esta relação natural é chamada de senescência. No entanto nem todo envelhecimento é saudável. Para Leão Jr. (2003) este processo depende de diversos fatores relacionados à dieta, estilo de vida, educação, exposição a fatores estressantes entre outro. Muitos idosos são acometidos por doenças e agravos crônicos não transmissíveis (DANT), ou por condições de sobrecarga psíquica e acidentes que comprometem a saúde em diversos graus, ao estado patológico do envelhecimento é dado o nome de senilidade, geralmente requer assistência ao idoso.
 
De acordo com o Ministério da Saúde no Caderno de Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa (2007), um dos principais erros que as pessoas cometem é considerar que todas as alterações físicas e psicológicas são vindas do processo natural do envelhecimento, outro erro bastante comum é justamente o contrário do primeiro, ou seja, encarar o envelhecimento natural como doença que precisa de tratamento.
 
As principais mudanças que ocorrem com o avançar da idade são:
- Alterações de memória operacional, explícita e episódica.
- Redução de massa muscular e em conseqüência: fraqueza, lentidão e insegurança ao movimentar-se o que aumenta a possibilidade de quedas.
-  Perda da elasticidade dos tecidos conectivos e redução da viscosidade dos líquidos sinoviais.
- Diminuição da velocidade de condução nervosa, coordenação motora, equilíbrio e flexibilidade.
- Aumento da gordura corporal, principalmente na região abdominal.
- Diminuição de massa óssea, aumentando o risco de fraturas...

Essas são algumas das alterações naturais que ocorrem com o passar dos anos, no entanto, como já foi dito antes o estilo de vida mais ou menos saudável tem sua influência. Pessoas inativas ou sedentárias percebem essas alterações mais intensamente, geralmente em conjunto com alguma patologia. Mantenha-se ativo com a prática regular de exercícios físicos, é uma forma de suavizar as mudanças e manter uma boa qualidade de vida.


Referencias

CADERNO de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: 2007. 192 p.:Il.: n.19 Disponível em  http://www.saude.gov.br/bvs

LEÃO JÚNIOR, Roosevelt. Participação em hidroginástica, crenças de auto-eficácia e satisfação com a vida em mulheres de 50 a 70 anos. 2003. 89f Dissertação de Mestrado em Gerontologia - Faculdade de Educação da UNICAMP, Campinas, 2003

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Hidroginástica, uma excelente opção!

Hoje realizei uma aula de hidroginástica em uma turma de terceira idade e ao perceber todos muito alegres e animados com a atividade me propus a escrever um post sobre o tema.

A prática da atividade física regular é sem dúvidas um meio de conquistar uma melhor qualidade de vida seja qual for a idade e a hidroginástica é uma atividade bastante procurada pela população idosa.
 

A aula de hidroginástica tem duração de aproximadamente 45 minutos, divididos entre aquecimento global, parte principal e alongamentos. É uma modalidade de pouco risco de lesões e baixo impacto. As aulas ocorrem geralmente ao som de músicas alegres e estimulantes onde são executados exercícios aeróbios, localizados e alongamentos.

Ao contrário do que muita gente pensa, a hidroginástica pode ser muito intensa dependendo do objetivo da aula e do material utilizado (caneleira, colete, espaguete e halteres). 

De acordo com um estudo realizado por Alves e colaboradores (2006) cerca de 90% das pessoas que praticam hidroginástica notam melhora em algum aspecto de sua vida cotidiana. Neste mesmo estudo foi contatado que 74% dos indivíduos procuram esta atividade por motivos de saúde, seguido do índice de 10% que a buscam para socializar, visto que é uma atividade praticada em grupos.

Alguns benefícios da atividade:
Sensação de alívio do peso corporal, pois é uma atividade realizada dentro da água;
Maior gasto calórico se comparado a mesma atividade fora da piscina;
Aumento da capacidade cardíaca e respiratória;
Aumento da flexibilidade, resistência e força muscular, auxiliando o idoso nas atividades da vida diária;
Melhora do equilíbrio e coordenação motora;
Melhora de auto-estima, cognição e socialização.

Portanto, se você procura por uma atividade animada, motivante e que proporcione benefícios físicos, cognitivos e afetivos, a hidroginástica é uma excelente opção, experimente!


Referências

Silvia Teixeira de Pinho; Daniel Medeiros Alves; José Francisco Gomes Schild; Mariângela da Rosa Afonso - A hidroginástica na terceira idade Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - N° 102 - Nov 2006. Disponível em http://www.efdeportes.com/efd102/hidrog.htm

Marcus Vinícius de Mello Pinto Et al Os benefícios gerados pela pratica de hidroginástica em idosos Revista Digital - Buenos Aires - Ano 13 - N° 124 - Set 2008. Disponível em http://www.efdeportes.com/efd124/os-beneficios-gerados-pela-pratica-de-hidroginastica-em-idosos.htm

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Curso Básico de Dança Sênior

Neste último fim de semana (21 e 22 de agosto) ocorreu em Curitiba o Curso Básico de Dança Sênior, ministrado por Sueli Rosita Kasten e Maria da Penha L. Broker (coordenadora e vice-coordenadora de Dança Sênior do Paraná e Santa Catarina).

O curso foi muito proveitoso, tanto pelo curso em si como pelas amizades e contatos profissionais que tiveram início! Aprendemos as coreografias correspondentes ao curso básico e já nos adiantamos marcando o segundo curso, o Progressivo A (danças em pé) para o início do próximo ano.

De acordo com o informativo de Dança Sênior (2010), a formação de dirigentes é realizada pelo Intituto Diaconal Bethesda, na qualidade de Estabelecimento Especial de Ensino Isolado (Portaria E/SE N°467  de 26/08/1997). Sendo que o curso livre de Dirigentes de Dança Sênior é reconhecido pela recente Portaria 008/2002 de 25/06/2002 da secretária de Estado da Educação e Desporto de Santa Catarina, tendo o diploma válido em todo território nacional.

Veja na seqüência algumas fotos tiradas durante os dois dias de curso.
Dança em pé


Dança Sentada com corda
Dança Sentada com lenços coloridos
Estudando as coreografias
Recebendo o Certificado - Prof. Penha, Déborah e Prof. Sueli  (esq. p/ direita)
Novos Dirigentes de Dança Sênior

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Espelhos, auto-imagem e auto-estima

Em um desses muitos dias de trabalho em casas de repouso, asilos entre outros lugares em contato direto com idosos reparei em algo, que talvez passe desapercebido para alguns, mas que chamou minha atenção, a falta de espelhos.

Certa vez uma cuidadora de idosos aqui da cidade de Curitiba, havia me contato a história de uma senhora com doença de Alzheimer que ao olhar no espelho havia se espantado, quase não se reconhecendo. A princípio achei que era por causa da doença e não mais pensei no assunto por algum tempo. Não imaginando a quanto tempo ela não se via em algum espelho. Outra vez em uma casa de repouso notei que em nenhum dos quartos ou banheiros possuía espelhos, é difícil imaginar uma casa sem ao menos um ou dois espelhos, mas neste local não tinha. Noutra vez foi na casa da minha avó Ramona reparei a mesma coisa, na casa toda havia apenas um espelho pequeno localizado em um local pouco prático.
Esses são apenas alguns exemplos, porém me leva a pensar no que acontece com essas pessoas. Me arrisco a associar isto, à problemas de auto-estima/auto-imagem, a falta de aceitação da própria idade e processo de envelhecimento ou ainda a falta de aceitação das pessoas que vivem ao seu redor.
Alguns idosos deprimidos com a imagem que fazem de si mesmos não aceitam seu envelhecer, desenvolvendo assim sentimento de auto-estima e de autodesvalorização (PESSINI; SILVA; VITORELI, 2005). Existe também aqueles idosos que ao envelhecer passam por diversos problemas de saúde e preconceito, muitas vezes atingindo sua auto-estima/auto-imagem levando a problemas psicológicos e depressão. A auto-estima está diretamente relacionada com sentimentos de competência e de valor próprio, já a auto-imagem é a imagem que formamos em nossa mente de nós mesmos, ou seja, como nos percebemos (BENEDETTI; GONÇALVES; PETROSKI, 2003).

Dados do IBGE apontam que o crescimento da população com mais de 60 anos é relativamente recente, estima-se que em 2025 passe dos 30 milhões de idosos. Analisando as datas da criação da Política Nacional do Idoso – 1994, e do Estatuto do Idoso – 2003 (sancionado pelo presidente após 7 anos de tramitação) nota-se que são leis muito recentes. O ponto principal é que nem todos se conscientizaram ainda que o idoso merece cuidado, respeito e dignidade, assim como qualquer outro cidadão.

É preciso a conscientização das pessoas de que envelhecer é natural. Cada aniversário deveria ser comemorado, cada ano acrescentado sem nenhuma vergonha ou omissão. Todos envelhecem, cada qual de modo diferente. Não digo isso apenas para os idosos não! Os jovens deveriam propagar essa idéia desde já, para não sintam vergonha da velhice de seus pais e avós, e também para que posteriormente não se envergonhem de si mesmos mantendo em casa seus próprios espelhos.


Referências

BENEDETTI, Tânia B.; GONÇALVES, Lucia T.; PETROSKI, Édio L. Exercícios físicos, auto-imagem e auto-estima em idosos asilados. Volume 5 – Número 2 – p. 69 - 74 – 2003

SILVA, Maria J. P.; PESSINI, Salete; VITORELI, Eliane.  A auto-estima de idosos e as doenças crônico-degenerativas. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, 102-114 - jan./jun. 2005 

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Reflexões sobre o Educador Físico em Asilos e Casas de Repouso

Dona Jacira e Déborah Leão - Festa de Carnaval na Casa de Repouso Santa Cecília

É mais do que conhecida a importância da prática de atividades físicas, seja qual for a idade. Seus benefícios foram inúmeras vezes divulgadas em revistas, jornais, livros, artigos científicos entre outros meios, porém ainda são poucos os Asilos e Casas de Repouso que adotam um programa de exercícios junto em parceria com um profissional de Educação Física. Existe ainda certo pré-conceito em relação ao Educador Físico, sendo este substituído por fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Cada qual tem sua importância, e acredito que se todos trabalhassem em conjunto possivelmente os resultados seriam muito melhores. 

É preciso lembrar e levar em consideração que o idoso institucionalizado está em determinado local que não é sua casa, rodeados por pessoas que não são seus parentes, passando muitas vezes por situações e rotinas pouco agradáveis, aliando a isso o excesso de tempo livre. Não é difícil encontrar idosos com problemas de auto-estima, auto-imagem, depressivos e com problemas físicos que poderiam ser minimizados ou até mesmo revertidos com um programa de exercícios físicos adequados. Em contra partida a isso temos as instituições pouco preparadas, que contratam fisioterapeutas duas vezes na semana e consideram o suficiente. A matemática é simples, supondo que este profissional passe duas horas por dia, dois das na semana são apenas quatro horas de atividade semanal. O que acontece em todas as outras horas restantes? 

O trabalho multidisciplinar é sempre a melhor opção, um exemplo disso é a Casa de Repouso Santa Cecília, onde trabalho duas vezes na semana realizando atividades físicas e recreativas junto aos idosos. Este local conta com um Fisioterapeuta, uma Acupunturista, eu da área de Educação Física e Enfermeiras. Posso afirmar com base na experiência adquirida nesses meses, que os estímulos dados são muito diferentes e os resultados obtidos são maravilhosos.   Consegue imaginar o que é ajudar uma pessoa voltar a andar após um AVC? Sentir em você a alegria da pessoa que novamente dá os primeiros passos é simplesmente indescritível, eu posso dizer que já senti isso. Vale salientar que é graça ao trabalho de todos em conjunto à favor de um bem maior.

Para finalizar, gostaria de deixar um recado para todos aqueles que assim como eu escolheu a Educação Física, mais especificamente trabalhar com idosos em Casas de Repouso e Asilos. Batalhem por seu espaço! Pelo nosso espaço! Pois é muito difícil entrar nesse meio, talvez pela crença do “jaleco branco”, acredito que através do resultado de nosso trabalho iremos conseguir mudar essa idéia e trazer os benefícios para aqueles que tanto necessitam!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Dança Sênior

Meu post hoje é sobre o sucesso da apresentação de Dança Sênior do grupo Master Penha, realizada no dia 10/05/2010 dentro da Semana Acadêmica de Educação Física no auditório da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O grupo abriu as atividades da tarde em que o tema de destaque era “De corpo e alma: Ações Individuais e Grupais para um Mundo Melhor”, dançaram duas músicas sendo uma delas música folclórica brasileira. Estavam lindas, seguras de si e radiantes, foi uma maneira muito bonita e digna de mostrar que estão presentes na sociedade, que conservam a auto-estima em dia e que conseguem realizar tudo o que se propõem a fazer. Algumas delas levaram seus familiares para assistir e filmar. Ouvi uma dizendo para outra em tom de orgulho “estamos apresentando numa universidade”, todas excitadíssimas e sorridentes.

Elas são muito boas, é ótimo poder mostrar isso a elas, podem apresentar em qualquer lugar que tenho certeza, serão aplaudidas em pé, não apenas pela dança, mas também pela iniciativa e atitude de continuar suas atividades dentro dessa sociedade que aprende cada vez mais a valorizar e respeitar as pessoas com mais idade e experiência.

Outro aspecto positivo dessa experiência foi demonstrar um pouco da Dança Sênior que surgiu da necessidade de algo voltado especificamente para o idoso, busca manter e melhorar coordenação, equilíbrio, lateralidade, além de beneficiar a socialização entre os idosos. Conheci este grupo através de uma amiga, Larissa Dal Nero, e venho acompanhando semanalmente, vejo a evolução e a alegria de todas. Muitos ainda não conhecem esta modalidade e por perceber como é maravilhosa esta dança fiz o convite a elas para apresentação, que ao mesmo tempo foi uma forma de mostrar tudo de bonito que elas ensaiam em sala e também divulgar a Dança Sênior entre jovens profissionais de Educação Física presentes no dia.

Por gostar da área e reconhecer a importância dessa dança, a partir de agosto, estarei também atuando como professora habilitada de Dança Sênior. Gostaria de obter mais informações? Entre em contato comigo através do e-mail prof.deborahleao@gmail.com

Agradecimento especial para:

Maria da Penha - Professora de Dança Sênior que sempre abriu as portas de sua escola de dança.

Daniela Kuhn - Professora de Dança da Universidade, orientadora e amiga que me auxiliou com seus conselhos e proporcionou a possibilidade desta apresentação.

Todas as alunas do grupo Master Penha pelo carinho de sempre.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Uma Breve Apresentação...

Me chamo Déborah Leão, tenho 23 anos e curso o 8° e último período do curso Bacharelado em Educação Física pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Trabalhei cerca de dois anos em uma academia atuando como professora de musculação, bike indoor e alongamento. Tenho conhecimentos também na área de dança, particularmente em Dança Contemporânea Brasileira e Dança Sênior.

Comecei a me interessar pela terceira idade no final do ano passado e depois de estudar fisiologia, aspectos psicológicos, principais doenças e carências, assim como treinamentos coerentes com as necessidades desse grupo, me propus a trabalhar em forma de voluntariado numa casa de repouso particular aqui da cidade de Curitiba. Depois de poucos meses fui contratada pelo lar e continuo realizando atividades de recreação, alongamento e musculação 2  vezes por semana até a presente data. Paralelo a isso, decidi realizar minha monografia sobre Dança Sênior e faz cerca de 3 meses que acompanho um grupo dessa modalidade com o intuito de realizar pesquisas acerca da motivação que leva as idosas a continuidade desta modalidade, assim como os principais benefícios que esta prática pode vir a trazer em suas vidas.

Nessas minhas experiências me vejo rodeada de muito carinho e amor vindo dos idosos, o que me inspira cada vez mais aprofundar meus conhecimentos e realizar cada vez mais trabalhos e atividades, pois além de ser o grupo etário que mais cresce em todo mundo, também é um grupo cheio de necessidades e lacunas que profissionais da área da saúde podem atuar intervindo para uma melhora na qualidade de vida destes.

Terminando esse breve texto de apresentação evidencio que este blog vem do meu desejo de compartilhar minhas experiências, assim como atualizar meus leitores sobre as novidades da área. Boa leitura e qualquer dúvida entrem em contato pelo e-mail prof.deborahleao@gmail.com