terça-feira, 14 de setembro de 2010

Falando sobre Alzheimer

Comparação entre cérebro com Alzheimer e cérebro normal
Atualmente estamos vivendo a realidade de um grande aumento dos idosos do Brasil e do mundo. Juntamente com esse envelhecimento populacional vem aumentando também os casos de Alzheimer. O Mal de Alzheimer como também é chamado, é um tipo de demência progressiva e degenerativa que atinge a memória, funções cognitivas e prejudica funções sociais e ocupacionais do indivíduo. De acordo com Yassuda (2009) “A prevalência da demência aumenta progressivamente com o envelhecimento, sendo a idade o maior fator de risco para a doença”. Existem três fases distintas, a primeira delas é leve, progredindo para moderada e grave. Para confirmar o diagnóstico de Alzheimer é recomendado exame clínico, laboratorial e imagem cerebral.

Não existe ainda um método que cure o Alzheimer, no entanto, são utilizados alguns fármacos para o tratamento. Alguns estudos relatam melhora em pacientes que utilizam doses altas de vitamina E e estatinas (YASSUDA, 2009). As técnicas multidisciplinares também produzem bom resultado, recomenda-se então treinamento cognitivo, orientação nutricional, orientações psicológicas para cuidadores e familiares assim como prática regular de exercícios físicos (BOTTINO el al, 2002),  
O Alzheimer causa esquecimentos que por vezes vem seguida de quadro depressivo ou de ansiedade. Pessoas depressivas apresentam menos vontade de se locomover e realizar suas atividades de vida diária. Stella et al (2002) aponta que a falta de mobilidade pode acarretar problemas pulmonares de acúmulo de secreções, descontrole da pressão arterial, comprometimento da circulação periférica entre outros distúrbios articulares devido a falta de atividade física.

Com base neste texto e nos autores utilizados como fonte teórica fica bem estabelecido que ainda não existe uma cura para o Mal de Alzheimer, no entanto, existem formas de minimizar os desconfortos dos idosos e familiares, assim como meios de melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Para tanto se faz necessário paciência e compreensão daqueles que estão a volta do idoso acometido pelo Alzheimer, além da prática regular de alguma atividade física que venha a colaborar com as atividades da vida diária e a disponibilidade de uma equipe multidisciplinar para fazer o acompanhamento da saúde global.

Referências
BOTTINO, Cássio M.C et al.  REABILITAÇÃO COGNITIVA EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER - Relato de trabalho em equipe multidisciplinar. Arq Neuropsiquiatr 2002;60(1):70-79

STELLA, F.; GOBBI, S.; CORAZZA, D. I.; COSTA, J. L. R. Depressão no Idoso: Diagnóstico, Tratamento e Benefícios da Atividade Física. Rio Claro,Ago/Dez 2002, Vol.8 n.3, pp. 91-98

YASSUDA, M. S. ; APRAHAMIAN, Y.; MATINELLI, J. E. Doença de Alzheimer: revisão da epidemiologia e diagnóstico Rev Bras Clin Med, 2009;7:27-35

Um comentário:

  1. Muito esclarecedor seu post.
    Mas tenho algumas dúvidas, talvez vc possa responder.

    Existe algum sintoma ou sinal de que a pessoa tenha tendência a desenvolver Alzheimer?

    Com que idade os idosos começam a ter os sinais da doença?

    Obrigado e continue com o bom trabalho.

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